Goze a solidão,
mas não deixa ela sentar.
Não a acomode não.
Dela, faz uma perninha,
um tronco, uma cabeça.
Uma paisagem entardecida,
com ondas a guardarem o tempo
e um céu com nuvens
a passarem sem.
Pega o rabo dela
e mancha à tinta preta
meia dúzia de palavras.
Puxa sua orelha
e a faça virar infinito.
Mostra que ela tem outro papel,
senão acabar com as coisas.